
junto a ela vagueio fugindo à exaltação
a luz que me fere os sentidos já vai baixa
e prolonga a sombra para além do mar
nela me afogo e cego de tanta exaustão
o que não quero rejeito até mais não poder
sombra minha sombra de eterno esconder
sombra molhada pelo mar de lágrimas
brotadas como pedras salgadas
humilde existência pretendo ser
a luz que se apaga não desiste nunca
em dias seguintes me ferirá contínua
sem ela a sombra desfaz-se perdida
sombra de mim sombra de mim