terça-feira, fevereiro 22, 2005

sombra de mim



junto a ela vagueio fugindo à exaltação
a luz que me fere os sentidos já vai baixa
e prolonga a sombra para além do mar

nela me afogo e cego de tanta exaustão
o que não quero rejeito até mais não poder
sombra minha sombra de eterno esconder

sombra molhada pelo mar de lágrimas
brotadas como pedras salgadas
humilde existência pretendo ser

a luz que se apaga não desiste nunca
em dias seguintes me ferirá contínua
sem ela a sombra desfaz-se perdida

sombra de mim sombra de mim

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